Áudio
da Mesa Redonda: “Alternativas para a Política de Drogas”
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no nome dos expositores para escutar (mp3)
O debate fez parte
das atividades do curso de difusão cultural
“Drogas: Perspectivas em ciências humanas”
e seu objetivo foi discutir, a partir de diversos campos do conhecimento,
alternativas para a legislação e as políticas públicas
que tratam da questão das drogas no Brasil. O debate foi aberto
ao público.
A mesa foi composta pelos
seguintes expositores:
Júlio
Assis Simões (0:59) - Professor do Departamento de Antropologia
da USP
Maria
Lucia Karam (25:16) - Juíza de direito aposentada
e Coordenadora no Rio de Janeiro do IBCCrim - Instituto Brasileiro
de Ciências Criminais – “Proibicionismo e danos
aos direitos fundamentais”
A criminalização
das condutas de produtores, distribuidores e consumidores das selecionadas
substâncias psicoativas e matérias primas para sua
produção, que, objeto da proibição,
são qualificadas como drogas ilícitas, é um
dos principais motores das atuais tendências expansionistas
do poder punitivo. As Convenções das Nações
Unidas e as legislações internas dos mais diversos
Estados nacionais nessa matéria, como a nova lei brasileira
11.343/06, são marcadas por uma sistemática violação
a princípios e normas garantidores de direitos fundamentais,
expressos nas declarações universais de direitos e
nas Constituições democráticas.
Prof.
Dr. Henrique Carneiro (21:26)– Departamento de História
USP/NEIP – “Como regulamentar a fabricação,
comércio e uso de drogas de forma democrática?”
As alternativas políticas
ao proibicionismo das drogas devem ser buscadas nas origens históricas
dessa política no âmbito da ordem internacional. Por
essa via serão levantadas perspectivas de uma refutação
dos pressupostos proibicionistas como também uma abordagem
dos dilemas acerca das possíveis formas de regulamentação
econômica da produção, do comércio e
do uso de drogas.
Prof.
Ms Thiago Rodrigues – Professor do Departamento de Política
da PUC-SP/Nusol/NEIP – “Drogas e abolição
da pena” Por
motivo de falha técnica, a comunicação do professor
não foi gravada
A base de sustentação
à política proibicionista pode ser identificada no
binômio controle social e moralismo. Assim, pode-se afirmar
que a guerra às drogas é uma eficiente estratégia
biopolítica que alinhava discursos moralistas e científicos
afinados no fortalecimento do poder de Estado e das posturas conservadoras
no corpo social. Desse modo, torna-se urgente uma "reflexão
ilegalista", fora do campo das leis, problematizando não
só o proibicionismo como as normas reformistas que procuram
abrandá-lo ou redimensioná-lo.
Prof.
Ms. Maurício Fiore (22:57) – Doutorando em Ciências
Sociais Unicamp/NEIP - “Políticas Públicas e
legislação sobre psicoativos: equívocos do
proibicionismo e alternativas à proibição”
A partir da discussão
sobre os dois maiores equívocos das atuais políticas
proibicionistas no Brasil e no mundo, o cerceamento de liberdades
individuais e a hipertrofia do mercado criminoso, discutirei a
nova lei aprovada pelo congresso e buscarei apontar para as
alternativas possíveis na abordagem da questão do
consumo de substâncias psicoativas.