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Ana Flávia Nogueira Nascimento


nasceu em 1979, na cidade de Uberlândia (MG). É Psicóloga pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Mestra em Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sua dissertação de mestrado: Festivais Psicodélicos na Era Planetária; teve como tema os Festivais Psicodélicos que aconteceram no Brasil entre 2003 e 2006. A pesquisadora participou de oito festivais, nos quais realizou entrevistas e colheu material. A pesquisa também abrangeu a rede eletrônica, principal meio de comunicação utilizado pelos participantes desses festivais. O objetivo da pesquisa foi compreender os festivais psicodélicos como rituais de transe do mundo contemporâneo e explicitar a relação existente entre a música, a dança e o uso de psicoativos como meios para alcançar estados alterados de consciência. A hipótese central da pesquisa é a de que os Festivais Psicodélicos que acontecem atualmente no Brasil são manifestações culturais da Era Planetária, os quais expressam uma necessidade da juventude atual de integrar os conhecimentos antigos às novas descobertas tecnológicas através de experiências que vão além do que é determinado como aceito pela sociedade ocidental.

Em 2006, Ana Flávia participou do maior Festival de arte psicodélica do mundo, o Boom Festival, que contou com a participação de trinta mil pessoas do mundo todo. No Boom a pesquisadora trabalhou com a equipe do MAPS no Cosmikiva Sanctuary, um espaço voltado para o atendimento de pessoas que estivessem passando por dificuldades em suas experiências psicodélicas. Esse trabalho contou com trinta e cinco profissionais da área de saúde, de várias partes do mundo. No evento havia também uma equipe de redução de danos de Portugal e Espanha, a qual realizava testes das substancias psicoativas e detectavam substancias desconhecidas ou perigosas, gerando também informações (em livretos explicativos com fotos) para os participantes acerca da maioria das substancias psicoativas que podiam ser encontradas no evento.

No ano de 2007, Ana Flávia trabalhou como psicóloga social em Araguari (MG) aonde deparou com a complexidade de uma cidade que está sendo devastada pelo vício do crack, substancia que atinge grande parte da população de classe social baixa. O trabalho na prefeitura da cidade durou um ano e não teve bons resultados, visto que o vício do crack envolve um problema social de ampla complexidade que não pode ser resolvido em sua superficialidade.

Atualmente a autora está trabalhando como psicóloga clínica e social com base na linha teórica da Psicoterapia Corporal Bioenergética. Na clínica Expansão – Espaço Terapêutico e Cultural – também está desenvolvendo o Projeto Crianças do Futuro, o qual tem como objetivo formar crianças para uma nova Humanidade.

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